VIAGEM AO ATACAMA

Viagem realizada em janeiro de 2023 para mapear postos de combustíveis, melhores rotas, pontos turísticos, hotéis e passeios.

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Quanto a viagem, segue um breve relato de como foi…

Saída de Uberlândia, no dia 02 de janeiro de 2023, levantei bem cedo, por volta das 03:30 da madrugada, tomei um café e segui para Foz, cerca de 1100kms de Uberlândia, passando pela cidade do Prata.

Embora o objetivo inicial fosse ir até Foz do Iguaçu, acabei passando Foz e segui até a cidade de Wanda, já na Argentina, dando um total de 1.190kms percorridos no primeiro dia.

Em Foz, logo depois de fazer o câmbio, atravessei a fronteira para Argentina com tanque cheio,
Atravessar a fronteira foi muito simples, embora tivesse uma enorme fila de carros, só me pediram a identidade, nem documentos da moto pediram. Da fronteira fui para uma cidade chamada Wanda, a 40kms da fronteira pois me disseram que os hotéis seriam mais baratos que em Puerto Iguaçu. Paguei 2500 pesos pelo hotel com quarto simples, mais 1640 por um bom jantar com refrigerante.

No segundo dia segui de Wanda até Corrientes, cerca de 560kms, que percorri tranquilo em 7 horas e chegando cedo ainda em Corrientes. Ali fui até uma loja da Western Union para pegar alguns pesos que transferi, pois sai muito mais em conta que trocar em lojas de câmbio.

Na manhã seguinte sai do hotel as 08:45, rumo a Thermas de Rio Hondo, cerca de 710kms, devo ter levado umas 09 horas de uma cidade a outra, Infelizmente no trajeto entre as duas cidades é preciso passar pelos Chacos e os postos que encontrava no caminho estavam desabastecidos e, após uns trezentos e poucos quilômetros, tive de sair da rodovia e entrar em uma cidadezinha para abastecer.

Parei depois de rodar uns 115kms, e, por garantia, abasteci novamente para evitar problemas, mesmo a moto tendo 30 tanque de 30 litros e com um galão extra de 5 litros, mas também estava em uma tocada que variava de 130 a 160 kms/h e isso faz com que a moto consuma muito mais que o normal. Tomei um lanche simples e tornei a parar novamente no posto da AXION para reabastecer, tinha rodado pouco mais de 151kms, mas lá tem um bom restaurante e por conta do calor foi a coisa certa a se fazer, pois precisava refrescar e hidratar para continuar a viagem.
Cruzar o Chaco Argentino até a região de Termas de Rio Hondo não é um passeio bonito ou dos mais agradáveis, pois a vegetação é rasteira e não tem árvores ou paisagens interessantes, somente retas infindáveis e bastante calor.
Mas, segui direto até Thermas de Rio Hondo, chegando por volta das 17 horas no hotel. Embora simples eu gostei do hotel, tem garagem coberta, banheira no quarto, ventilador e ar condicionado. A localização é ótima.

Ainda no hotel encontrei outro hospede, o Luca, também brasileiro, da cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Conversamos um pouco e logo descobrimos que faríamos o mesmo trajeto, assim combinamos de dar um role a noite pela cidade e no dia seguinte seguirmos para Cafayate.

A noite em Rio Hondo o esquema é dar uma volta no de ônibus “city tour”, depois comer um chouriço, passear pelos calçadões e ver os bares e cassino.

Na manhã seguinte fomos para o autódromo e o museu do automóvel, mas só abrem as 11:00 e é preciso ligar e combinar para que possam organizar um passeio guiado pelas instalações.

Ainda em Thermas aproveitamos para ir até o dique, uma enorme represa que conta com mirante e também uma prainha, é bem legal de se apreciar.

Saindo de Thermas, seguimos para Cafayate e abastecemos uns 60kms depois da cidade. Mesmo minha moto sendo uma BMW R1200GS Adv eu sempre procuro manter o tanque abastecido, para evitar dissabores, já a do Luca era uma Super Teneré 1200, cujo tanque, se não me engano, cabem 20/22 litros de gasolina,

A estrada para Cafayate, depois do posto Shell começa a ficar bonita, mas entre Tafi Del Vale e Cafayate fica belíssima! Tem alguns pontos legais para parar e fazer fotos, como nas margens do rio que corre junto a montanha, a estátua do índio, a gruta da santa, o museu a céu aberto… Tudo muito bonito.

Chegamos em Cafayate as 17:00, sendo que saímos de Rio Hondo as 10:00, mas como fizemos diversas paradas para fotos e vídeos não tinha como chegarmos antes disso, mas valeu a pena, muitos pontos bacanas para fotografar.

A noite em Cafayate fomos aos restaurantes que ficam na praça, as vinícolas já estavam fechadas, tem de chegar antes das 18 horas para ser recebido. No dia seguinte fomos para as vinícolas, optamos por conhecer duas, que além do passeio guiado ainda oferecem degustação. Realmente um baita passeio e ambas vinícolas ficam pertinho da cidade, fomos de moto mesmo, foi bem tranquilo.

Dia seguinte, saímos de Cafayate rumo a Salta por volta das 09:00, no trajeto foram feitas diversas paradas.
Paramos no Mirador Três Cruzes, El Obelisco e El Anfiteatro. Depois paramos para lanchar na estrada e acabamos por chegar em Salta por volta das 15:00.

Em Salta almoçamos em um restaurante simples e de lá seguimos para uma oficina da Yamaha para fazer manutenção nos retentores de bengala da moto de Luca. O hotel era pertinho da praça principal da cidade. A noite jantamos no restaurante Aires Caseros, na esquina da praça, bem perto do hostel em que nos hospedamos, que também fica perto de uma loja WU. No restaurante pedimos vinho, água com gás e limão e uma “picada”, espécie de tábua de frios. Muito bom mesmo!

Dia seguinte, logo após o café saímos e compramos um vinho por 3000 pesos e fomos almoçar na casa de um irmão do Moto Clube, foi um belo churrasco argentino e a companhia do irmão e sua família foi fantástica, uma tarde maravilhosa em Salta. A noite saímos para jantar próximo ao hotel e voltamos cedo para descansar pois seguiríamos cedo para Tilcara.


No dia 08, saímos do hotel rumo a Tilcara, por volta das 08:30. Em Tilcara o objetivo era vermos as montanhas 14 Colores. Abastecemos logo na saída de Salta e seguimos pela Ruta 9, que realmente é bacana, uma estradinha sinuosa, bonitinha e perigosa, tem de ficar atento pois é muito estreita.

Em Tilcara dormimos no hostel turistico Tilcara, na rua principal e logo na entrada da cidade, junto ao Apoio Turismo.
Almoçamos logo ao lado do hotel. Um prato de carne farto, para dois, ficou 45,00 para cada. Ou 4900 pesos para os dois, realmente muito em conta.

Infelizmente por conta do tempo, coberto de neblina, não foi possível vermos as montanhas 14 Colores, essa teve de ficar para uma outra oportunidade.

Na segunda feira saímos de Tilcara rumo a San Pedro Atacama, Passeio no trajeto – subimos a Cuesta Lipan, com parada no Mirador Cuesta Lipan, no Monolito Cuest Lipan a mais de 4100mt de altitude e Salinas Grandes, após Susques atrevassaremos o famoso Paso Jama rumo ao Chile. Durante a subida o frio é intenso, deve estar bem agasalhado, pegamos algo em torno de 2 graus, mas com vento e na moto imagino que a sensação devia ser algo como -3 graus, ainda por cima tinha uma neblina que nos acompanhou por um período.

Na fronteira é bem simples, pega um papel com o guarda, que anota o número da placa da moto, vc para a moto logo a frente e entra em uma casa onde tem seis guichês, no primeiro vc apresenta seu RG, Documento da moto e o papel que o guarda anotou placa da moto, eles carimbam o documento com placa da moto e te enviam para o próximo guichê, assim até o quinto, no sexto te entregam uma fixa para vc preencher e te pedem para colocar a moto em frente umas mesas que estão na rua, para fazerem uma revista na moto, aí te liberam para seguir, logo a frente tem um outro guarda que te pede o papel com os carimbos, vc entrega e ele te libera para entrar no Chile.

Da fronteira até San Pedro tem uns 170kms, pare na lagoa Verde, na lagoa dos flamingos, e lembre de parar para tirar fotos nas placas do deserto assim que estiver chegando em San Pedro.

Em San Pedro tem muitos hotéis e com preços dos mais variados, mas não são barato, no Chile tudo é muito caro,

Para os dias que ficar em San Pedro Atacama você pode escolher diversos passeios para fazer. Tem passeios até os Gêiseres Dele Tatio, Vale da Lua, Vale da Muerte e vários outros, todos os passeios nos pontos turísticos são pagos.

Para o passeio nos Gêiseres providenciamos uma van, a qual nos buscam no hotel as 04:30 da manhã. é obrigatória roupa mais quente, pois esse horário faz bastante frio, um calçado confortável, protetor solar, água para beber. Também somos orientados a não consumir bebidas alcoólicas na noite anterior e também a não consumir alimentos “pesados” e a descansarmos bem. Sugerem ainda a tomarmos Chachacoma (hierba), uma infusão para “mal del altura”, uma espécie de chá que vendem por lá, mas nós quem temos de preparar no hotel.

Ao chegarmos, por volta das 13:00, vamos almoçar no restaurante casa de pedra, rua dos caracoles, fica perto da pousada.

No dia seguinte saímos por volta das 08:00 rumo a mão do deserto. Paramos em Calama para abastecer e depois novamente em um posto na rodovia. Da mão do deserto seguimos para Antofagasta, almoçamos e fomos a Lá Portada, Ponto turístico famoso em Antofagasta, um monumento natural que fica no oceano Pacífico, depois seguimos para o hotel para descansarmos.

Já no dia seguinte, seguimos viagem por volta das 07:30, rumo a Valenar. De Antofagasta a Taltal foram 280kms, é preciso entrar dentro de TALTAL para abastecer. Tem dois postos na cidade. Depois de Taltal vamos para Valenar, e, de lá, seguimos para Lá Serena, onde abastecemos assim que chegamos e fomos procurar hotel. Hotel Serena Suite é top. A noite saímos para jantar em um belo restaurante, com comidas típicas, particularmente não gostei muito não..kkkk, mas é interessante conhecer a cultura e culinária de outros povos e, por esse lado, foi bom.

Saímos de Lá Serena por volta de 08:40 rumo a Los Andes. Em Los Andes ficamos em um hotel bem simples e caro. 21.000 pesos ou pouco mais de 250,00 para cada. Sem wi-fi, sem frigobar e café da manhã simples. Abastecemos na saída da cidade e seguimos rumo ao Paso Fronteiriço Los Libertadores, mas antes passamos pelos Caracoles, uma estrada cheia de belas curvas e com visual impressionante, aliás, todo o Paso tem um belíssimo visual, quem for certamente ficará encantado.

Na fronteira, para fazermos a travessia do Chile para Argentina, primeiro pegamos um papel com um guarda, rodamos mais uns 10kms e entramos a esquerda para a Duana Ochoia, ou algo assim. Lá passamos nos guichês 1, 2 e 3, apresentamos o papel que o guarda nos entregou, o papel que foi preenchido quando entramos no Chile, o RG ou Passaporte e o documento da moto. Daí te liberam e você segue mais uns 16kms, e entrega o papelzinho do primeiro guarda, agora carimbado, para outro guarda e segue viagem. Logo, uns 20kms, tem um ótimo posto YPF a esquerda. Depois é só chegar em Mendoza.

Chegamos por volta das 14:30 no hotel , pois paramos para tirar fotos várias vezes. Em Mendoza, fazer o passeio de ônibus city tour deve ser uma das primeiras coisas, pois assim terá uma noção da cidade e de alguns pontos bem interessantes, O ônibus da uma boa volta na cidade, que é bem legal. Jantamos no restaurante em frente a loja de vinhos Liner, Nesse restaurante servem um Tomahawk acompanhado por vinho que é muito bom.

Dia seguinte saímos tarde do hotel, pois antes fomos na WU, que abre as 08:00 e, assim, acabamos saindo por volta de 10:00 da manhã de Mendoza e seguimos rumo a San Francisco, passando por Rio Cuarto. Um trajeto que daria algo em torno de 778kms e 10 horas de estrada, rodeada de fazendas, tanto de gados, como de plantações.

Paramos para almoçar em um restaurante a beira da estrada cerca de 200kms de Mendoza e logo depois de San Luís.
No final do dia chegamos tarde em San Francisco as 20:30. Jantamos pertinho do hotel, excelente o restaurante.

Ali em San Francisco me despedi de Luca, pois seguiríamos caminhos diferentes para voltarmos ao Brasil, ele retornaria pelo Paraguai, passando por Assunção e eu voltaria por Foz do Iguaçu. Assim, me levantei bem cedo e saí às 05:40 no dia seguinte, embora já tivesse abastecido assim que cheguei em San Francisco, Abasteci novamente a 100kms e depois a 210kms, faltando 331kms para chegar a Corrientes. De início meu objetivo era dormir em Corrientes, mas quando cheguei ainda estava cedo, algo em torno de quatro da tarde e, assim, acabei tocando pra frente. Quando percebi já eram umas sete da noite e estava chegando novamente em Wanda, de modo que acabei ficando no mesmo hotel de minha primeira noite na Argentina.

Após passar a noite em Wanda, levantei por volta das 06 horas e segui para fronteira Argentina / Brasil. A travessia foi bastante rápida e, assim, logo que entrei em Foz do Iguaçu segui rumo a fronteira com Paraguai, para Ciudad Del Este, onde fiz algumas compras e retornei para Foz.

Saí de Foz do Iguaçu por volta das 11:30 e, de início minha intenção era rodar até ficar cansado, imaginando que se daria por volta das 18 horas, no entanto o cansaço não veio e continuei rodando, quando percebi já estava bastante tarde, já passavam das onze da noite e, também, já estava chegando em Frutal, de modo que resolvi continuar a tocada, e chegando em casa a uma hora da madrugada, debaixo de uma noite clara e estrelada, muito tranquila, aliás, só não foi mais tranquila porque de Frutal até a cidade do Prata, mesmo pagando pedágio, a estrada estava bastante ruim, com depressões e buracos. Mas não tive problemas e cheguei bem e tranquilo em casa.

Breve postarei vídeos da viagem.